Eram muito poucosssssssss....
Crónica de S.Mamede
05h00 da manhã toca o telemóvel com o despertador com a musica brasileira “ O sol já raiouuu” sem que os outros da casa despertem desligo e ponho-me a pé. Chego á janela e confiro que o sol só havia raiado na musica, mas eram mesmo horas de por a pé, certamente a mesma hora, em pelo menos mais nove casas já havia outras tantas pessoas a pé. Tomo o pequeno almoço, vou á garagem retirar o carro. Quando o ponho na passagem, verifico que já estava um carro estacionado em frente a minha casa, um carro com duas pessoas. Carmelo e Marçal meus amigos de longa data, companheiros de andanças e muitas pedaladas retiraram sacos que carregaram na minha jiposa, e aguardamos alguns minutos, mais um chegou e logo a seguir outro, as 05h50 hora marcada tinha chegado. Partida para o ponto de reunião ( estação de serviço de Mouriscas A23 - Abrantes) Quando chegamos os atrasados já lá estavam, parece que a multa do cafezinho está a fazer efeito. Hora marcada 06h00, o sogro e o genro como um verdadeiro relógio suíço dão chegada. Bebe-se o doping dos pobres e cumprindo a fita do tempo 06h15 roncam os motores em direcção ás planícies alentejanas. (alguém disse que o Alentejo é só planícies).
07h15 chegámos a bonita e fria aldeia de Portagem, desmonta, monta, prepara, despe, veste, prepara a comida de plástico a bela banana, verifica o ar, 07h30 uns com muita outros com pouca vontade lá se arranca nas naves a pedal, como estudado e combinado saímos na direcção de S.Salvador de Aramenha e virámos para o túnel das árvores fechadas, não sei se é do frio mas a nossa motorizada está com vontade e o ritmo começa bem e já está a rondar os 40. A nossa máquina de guerra, Emílio pós amigos, começa a reclamar baixinho “onde é que me vim meter, eu é que não tenho juízo” mas como as carraças mesmo na ponta do elástico não descola. Estamos a entrar em C.Vide e o teórico dos mapas “papa subidas” já quer virar á esquerda, tenho que aplicar a voz de anfitrião e dizer “ tem calma para subir é mais a frente”, passamos a Vila e na saída aproveitámos para ver as vistas de cima virámos á esquerda na placa que diz Carreiras, ( Sr. da Penha ) o nosso amigo quase ciclista quase metia a corrente no prato pequeno, mas não meteu a máquina falhou e as mãos do homem cumpriram a tarefa. Os outros esperaram, bem quase todos, o nosso velhote aproveitou a deixa e pelo menos esta fê-la com calma pois já a conhecia e sabia o que lá vinha.
Reinício da marcha, o nosso “ papa portos” ( o primeiro a passar no cimo do monte) e o Dr. dos cães arrancam e nem com o adiantamento do nosso francês o deixam passar á frente. Porto feito, reagrupamento do pessoal, marcha acelerada porque o mítico cabeço de mouro espera-nos. O GNR compenetrado nas suas funções, arranca para abrir caminho, para que toda a gente saia á nossa passagem, não demorou a ver que as planícies alentejanas não são como se fala, a direita está uma placa que diz 15%, não sabemos o que quer dizer mas que sobe sobe. Ao ritmo de minutos todos vão chegando, mas falta o nosso “Emílio” mais um esforço e alguns corajosos vão barreira a baixo ao encontro da fera. Serra de Portalegre ou Salão Frio chamam-lhe o que quiserem mas são cerca das 09h00 e ainda está um frio de rachar. Todos juntinhos como bons camaradas virámos á esquerda barreira a baixo na direcção ao monte Carvalho, viramos á direita e como cães a bofe o quarta categoria do monte paleiros parecia uma rampa de trazer por casa. Bem, não para todos, é hora de deixar tudo encaminhado e mandar já a nossa fera para o ponto de partida.
Alvarrões, S.Salvador, vira á direita, Porto da Espada, caminho de S.Julião, a maioria já reclama que há muito tempo que não se sobe nada, rotunda vira-se á direita, apare-se o vento, começa a subida, ainda se mata o porco junto ás casas e na berma da estrada, os populares chamam-nos valentes, e nós lá vamos uns com mais vontade outros também não, e o vento, de frente, já não bastava a dificuldade da subida se não mais este a ajudar. Mais um está feito, o Dr. que também é responsável pelas altimetrias ( e pelo sogro) volta a traz, vai informando dos Km percorridos e de quanto já subimos. As descidas não importam, virámos outra vez á direita e descemos, algumas vezes subindo para repisar 1Km de estrada junto a Porto da Espada. Esquerda, direita e vamos internacionalizar a coisa, estrada Portagem, fronteira de Marvão, viramos á direita, parecem gaiatos a procura de caramelos, solidariedade de velhos lá fico eu á espera do S.Gabriel ( Sr. porque santo só eu, mártir S.Sebastião) lá vamos, passada a fronteira, tudo em fila pirilau, que estamos num pais estrangeiro e estes gajos são esquisitos como o caraças. Três Km depois em frente á casa das meninas do Brasil vira-se á esquerda Casinhas, S.Pedro Valência de Alcântara, direita que vamos para Portugal que esta terra não é nossa. Acelera, espera pelo velhote, conversa-se e aconselha-se o caminho de regresso, sim porque os outros ainda vão visitar uma aldeia escondida detrás da serra “Jola” pelo nome não deve ser grande coisa, todos juntos, ritmo certo, vira á esquerda, vamos descer até Jola, mas em vez de descer subimos, não tenham medo são só duzentos metros, depois desce, desce, desce mas quem desce também sobe. As pernas começam a pesar, todos arrancam, Três hermanos ablam junto de uma fonte o homem das contas pára para meter água e logo diz o rapaz Marçal, agora para subir carregado. O quase ciclista não deve ter ouvido o aviso do seu camarada de serviço ou porque não quis dar nada aos nossos irmãos, verteu águas, mas em compensação trouxe o correspondente no barril, não sei se foi pelo peso da água, da bicicleta ou das pernas a subida mostrou-se algo comprida, o Dr. que havia saído em ultimo já passou á muito, o rei da montanha, será que é de poertos, mais uma vez passa á frente a minha preocupação era que todos virassem á esquerda em frente ao parque de campismo, mas quem ia para a frente ia, o melhor era esperar pelo Hernandes, esperei e gritei mas não deu, se não fosse o Veterinário que depois de reconhecer o erro voltou para traz ainda hoje andávamos a procura do ciclista em formação.
Volta a traz e mete no rego certo, o nosso Portugal nos espera, na leitura feita nas nossas caras alguém já não está em condições encapuçada mente aconselha-se o regresso ao ponto de partida, mas o homem é infante quer ir até ao fim, para isso é preciso ter pernas e para isso á sempre um coveiro para ajudar, aumenta o ritmo soa o silvar do assobio, a esse andamento o velho Fraústo descola, o guita passa, fica o carteiro e o Silva, a distancia mantém-se, chega a Portagem tenta-se saber dos que já estão no ponto de partida, está tudo bem, faltam as ultimas, Jardim, Sto António das Areias, Cabeçudos, Barretos vira á esquerda tudo se junta, pare-se que as coisas estão mais calmas, vira á esquerda Vale de Ródão, alguns já conhecem o Paulo Carteiro e o Nuno Guita não, vão a medo, inicio da subida o Carmelo rei da montanha e o Dr. parecem cão e carraça não descolam um do outro, o carteiro atrasa-se será que consegue levar a carta a Garcia, as raposas velhas controlam o andamento, o novato do ciclismo chega á conclusão que ainda tem muito para dar e arranca, mais um feito, relaxa os últimos três Km é só deixar ir, direita e o almoço já cheira, o tachinho na Portagem nos espera.
O orgasmo do treino, que é o banho é nos balneários das piscinas da Portagem como combinado, mesmo com a casa em obras fomos recebidos com descrição mas com muita limpeza. Obrigado por isso. Cara limpa e cú lavado, vamos é tratar da barriga, carne de porco com amêijoas e borrego á S.Mamede fazem a ementa, refrigerantes, água e o bom vinho fazem o acompanhamento, o restaurante tachinho serve bem e a um preço aconselhável. Café e regresso porque daquela terra sou só eu e já não moro lá á mais de vinte anos.
Fraústo
07h15 chegámos a bonita e fria aldeia de Portagem, desmonta, monta, prepara, despe, veste, prepara a comida de plástico a bela banana, verifica o ar, 07h30 uns com muita outros com pouca vontade lá se arranca nas naves a pedal, como estudado e combinado saímos na direcção de S.Salvador de Aramenha e virámos para o túnel das árvores fechadas, não sei se é do frio mas a nossa motorizada está com vontade e o ritmo começa bem e já está a rondar os 40. A nossa máquina de guerra, Emílio pós amigos, começa a reclamar baixinho “onde é que me vim meter, eu é que não tenho juízo” mas como as carraças mesmo na ponta do elástico não descola. Estamos a entrar em C.Vide e o teórico dos mapas “papa subidas” já quer virar á esquerda, tenho que aplicar a voz de anfitrião e dizer “ tem calma para subir é mais a frente”, passamos a Vila e na saída aproveitámos para ver as vistas de cima virámos á esquerda na placa que diz Carreiras, ( Sr. da Penha ) o nosso amigo quase ciclista quase metia a corrente no prato pequeno, mas não meteu a máquina falhou e as mãos do homem cumpriram a tarefa. Os outros esperaram, bem quase todos, o nosso velhote aproveitou a deixa e pelo menos esta fê-la com calma pois já a conhecia e sabia o que lá vinha.
Reinício da marcha, o nosso “ papa portos” ( o primeiro a passar no cimo do monte) e o Dr. dos cães arrancam e nem com o adiantamento do nosso francês o deixam passar á frente. Porto feito, reagrupamento do pessoal, marcha acelerada porque o mítico cabeço de mouro espera-nos. O GNR compenetrado nas suas funções, arranca para abrir caminho, para que toda a gente saia á nossa passagem, não demorou a ver que as planícies alentejanas não são como se fala, a direita está uma placa que diz 15%, não sabemos o que quer dizer mas que sobe sobe. Ao ritmo de minutos todos vão chegando, mas falta o nosso “Emílio” mais um esforço e alguns corajosos vão barreira a baixo ao encontro da fera. Serra de Portalegre ou Salão Frio chamam-lhe o que quiserem mas são cerca das 09h00 e ainda está um frio de rachar. Todos juntinhos como bons camaradas virámos á esquerda barreira a baixo na direcção ao monte Carvalho, viramos á direita e como cães a bofe o quarta categoria do monte paleiros parecia uma rampa de trazer por casa. Bem, não para todos, é hora de deixar tudo encaminhado e mandar já a nossa fera para o ponto de partida.
Alvarrões, S.Salvador, vira á direita, Porto da Espada, caminho de S.Julião, a maioria já reclama que há muito tempo que não se sobe nada, rotunda vira-se á direita, apare-se o vento, começa a subida, ainda se mata o porco junto ás casas e na berma da estrada, os populares chamam-nos valentes, e nós lá vamos uns com mais vontade outros também não, e o vento, de frente, já não bastava a dificuldade da subida se não mais este a ajudar. Mais um está feito, o Dr. que também é responsável pelas altimetrias ( e pelo sogro) volta a traz, vai informando dos Km percorridos e de quanto já subimos. As descidas não importam, virámos outra vez á direita e descemos, algumas vezes subindo para repisar 1Km de estrada junto a Porto da Espada. Esquerda, direita e vamos internacionalizar a coisa, estrada Portagem, fronteira de Marvão, viramos á direita, parecem gaiatos a procura de caramelos, solidariedade de velhos lá fico eu á espera do S.Gabriel ( Sr. porque santo só eu, mártir S.Sebastião) lá vamos, passada a fronteira, tudo em fila pirilau, que estamos num pais estrangeiro e estes gajos são esquisitos como o caraças. Três Km depois em frente á casa das meninas do Brasil vira-se á esquerda Casinhas, S.Pedro Valência de Alcântara, direita que vamos para Portugal que esta terra não é nossa. Acelera, espera pelo velhote, conversa-se e aconselha-se o caminho de regresso, sim porque os outros ainda vão visitar uma aldeia escondida detrás da serra “Jola” pelo nome não deve ser grande coisa, todos juntos, ritmo certo, vira á esquerda, vamos descer até Jola, mas em vez de descer subimos, não tenham medo são só duzentos metros, depois desce, desce, desce mas quem desce também sobe. As pernas começam a pesar, todos arrancam, Três hermanos ablam junto de uma fonte o homem das contas pára para meter água e logo diz o rapaz Marçal, agora para subir carregado. O quase ciclista não deve ter ouvido o aviso do seu camarada de serviço ou porque não quis dar nada aos nossos irmãos, verteu águas, mas em compensação trouxe o correspondente no barril, não sei se foi pelo peso da água, da bicicleta ou das pernas a subida mostrou-se algo comprida, o Dr. que havia saído em ultimo já passou á muito, o rei da montanha, será que é de poertos, mais uma vez passa á frente a minha preocupação era que todos virassem á esquerda em frente ao parque de campismo, mas quem ia para a frente ia, o melhor era esperar pelo Hernandes, esperei e gritei mas não deu, se não fosse o Veterinário que depois de reconhecer o erro voltou para traz ainda hoje andávamos a procura do ciclista em formação.
Volta a traz e mete no rego certo, o nosso Portugal nos espera, na leitura feita nas nossas caras alguém já não está em condições encapuçada mente aconselha-se o regresso ao ponto de partida, mas o homem é infante quer ir até ao fim, para isso é preciso ter pernas e para isso á sempre um coveiro para ajudar, aumenta o ritmo soa o silvar do assobio, a esse andamento o velho Fraústo descola, o guita passa, fica o carteiro e o Silva, a distancia mantém-se, chega a Portagem tenta-se saber dos que já estão no ponto de partida, está tudo bem, faltam as ultimas, Jardim, Sto António das Areias, Cabeçudos, Barretos vira á esquerda tudo se junta, pare-se que as coisas estão mais calmas, vira á esquerda Vale de Ródão, alguns já conhecem o Paulo Carteiro e o Nuno Guita não, vão a medo, inicio da subida o Carmelo rei da montanha e o Dr. parecem cão e carraça não descolam um do outro, o carteiro atrasa-se será que consegue levar a carta a Garcia, as raposas velhas controlam o andamento, o novato do ciclismo chega á conclusão que ainda tem muito para dar e arranca, mais um feito, relaxa os últimos três Km é só deixar ir, direita e o almoço já cheira, o tachinho na Portagem nos espera.
O orgasmo do treino, que é o banho é nos balneários das piscinas da Portagem como combinado, mesmo com a casa em obras fomos recebidos com descrição mas com muita limpeza. Obrigado por isso. Cara limpa e cú lavado, vamos é tratar da barriga, carne de porco com amêijoas e borrego á S.Mamede fazem a ementa, refrigerantes, água e o bom vinho fazem o acompanhamento, o restaurante tachinho serve bem e a um preço aconselhável. Café e regresso porque daquela terra sou só eu e já não moro lá á mais de vinte anos.
Fraústo
CALENDÁRIO 2009
- 25 de Abril (treino - 140 Kms) - Serra de São Mamede
- 15 de Maio (treino - 150 Kms) - Serra da Estrela
- Concentração/Inicio do treino ás 8.00 - Bombeiros do Fundão.
- Passagem por: Covilha, Penhas da Saúde, Torre, Manteigas, paragem para café na Pousada de São Lorenço (Penhas Douradas), Sabugueiro, Torre, Covilhã.
- Fim do treino Junto aos Bombeiros do Fundão.
- 22 de Maio (Treino - 175Kms) - Serra do Montejunto
- Concentração ás 8.30 - na rotunda junto ao Intermarché (Golegã).
- Ida por: Santarem, Almoster, cercal, alcoentre, Pragança e Serra de Montejunto.
- Volta: São Salvador, Alcoentre, Ereira, Cartaxo, Santarem e Golegã.
- 02 de Junho (Treino - 200Kms) - Abrantes - Marvão - Abrantes
- Concentração ás 07H00, junto ás Rações São Marcos em Alferrarede.
- Ida por: Mouriscas, Alvega, Gavião, Portalegre, São Salvador e Marvão (Café).
- Regresso: Castelo de Vide, Alpalhão, Gavião, Alvega, Rossio e Abrantes.
- 20 de Junho participação na XIX edição do Quebrantahuesos em Sabiñanigo-Espanha. http://www.quebrantahuesos.com/
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